A importância do Facebook no mundo árabe

A sétima edição do Arab Social Media Report, divulgado recentemente pela Escola de Governo Mohammed bin Rashid, dos Emirados Árabes Unidos, reafirma a importância do Facebook na região.

Entre 2015 e 2016, 41 milhões de árabes aderiram a esta rede social, levando o número total de conectados a 156 milhões. Três países – Egito, Arábia Saudita e Argélia – concentram 45% do número de usuários, sendo que o primeiro, sozinho, tem 23% do total.

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Cabe lembrar que, no Egito, a organização de ativistas pelo Facebook teve um papel de destaque nos protestos de janeiro e fevereiro de 2011, que culminaram com a derrubada de Hosni Mubarak. Assim, durante e após aquele período, muitos cidadãos e organizações públicas e privadas aderiram ao Facebook.

Atualmente, a página do porta-voz do Exército do Egito, por exemplo, tem mais de 6,6 milhões de seguidores, que recebem informações de todo o tipo, inclusive algumas explícitas da “guerra ao terror” (imagens fortes).

Nem todos os países têm as dimensões populacionais de Egito, Arábia Saudita e Argélia, mas um número pequeno de usuários não indica necessariamente pouca influência da rede social.

A taxa de penetração do Facebook (número de contas dividido pela população) mostra que oito dos 22 países têm mais 50% de sua população conectada (porcentagem do Brasil em 2016), sendo que Emirados Árabes Unidos e Catar têm quase toda sua população no Facebook. Vale frisar, entretanto, que 46% dos entrevistados na pesquisa disseram ter mais de uma conta na mesma rede social em ao menos uma delas.

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O relatório mostra que, em algum medida, o perfil dos usuários da rede de Mark Zuckerberg reflete as realidades do mundo árabe. Quase dois terços dos usuários (64%) têm menos de 30 anos e apenas 32,3% são mulheres, média que cai para 24,6% no caso dos países do Golfo Pérsico. Dos entrevistados, 58% dizem expressar opiniões sobre o governo pelas redes sociais, mas apenas 29% de maneira explícita.

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Quando criticam o governo, 85,8% o fazem pelo Facebook, porcentagem bem superior à do Twitter, o segundo colocado, com 27,8% da preferência.

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Um dado inserido no relatório deste ano serve para mostrar que, ainda que o Facebook seja relevante, trata-se de uma importância relativa. Dos 156 milhões de usuários desta rede, apenas 53% estão ativos ali diariamente, sendo Catar e Emirados Árabes Unidos os líderes neste quesito.

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Abaixo, a íntegra do Arab Social Media Report:

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