Oriente Médio, a região menos democrática do planeta

A nona edição do “ranking de democracias” da Economist Intelligence Unit, a consultoria ligada à revista britânica The Economist, confirma o status do Oriente Médio como a região menos democrática do mundo.

A nota geral do Oriente Médio e Norte da África é 3,56, bem abaixo da média mundial (5,52) e da segunda região pior colocada, a África Sub-Saariana (4,37).

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Dos 20 países e territórios da região Oriente Médio e África do Norte, dois são considerados “democracias defeituosas” (Israel e a Tunísia), quatro são tidos como “regimes híbridos” (Líbano, Marrocos, Tunísia e Palestina) e todos os outros são classificados como “autoritários”. A pior situação é da Síria, afundada em uma guerra civil desde o fim de 2011, que no ranking geral está à frente apenas da Coreia do Norte.

Único caso de sucesso parcial da chamada Primavera Árabe, a Tunísia caiu 12 posições no geral em 2016 e está em 69º lugar (o Brasil, a título de comparação, é o 51º). Israel fez reformas internas e subiu cinco posições. A EIU lembra que, no caso de Israel, o ranking “mascara a imensa disparidade entre os direitos dos cidadãos judeus e da crescente população árabe-muçulmana”. Não há comentários da consultoria sobre a ocupação ilegal da Palestina e como isso reflete no ranking de Israel.

A EIU classifica a Turquia como parte da Europa Ocidental. Neste bloco, o país é o último colocado. No geral, está na 97ª posição, como “regime híbrido”. Se estivesse no bloco do Oriente Médio, seria o terceiro melhor da região.<

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O ranking da EIU está em seu nono ano de existência. No total, 165 países e territórios são listados conforme a nota final de sua democracia, baseada em cinco critérios: processo eleitoral e pluralismo; liberdades civis; funcionamento do governo; participação política; e cultura política.

Com base em suas pontuações em uma lista de diversos indicadores dentro dessas categorias, cada país é então classificado como um dos quatro tipos de regime: “democracia plena”; “democracia defeituosa”; “regime híbrido” e “regime autoritário”.

Em 2016, apenas 19 países foram considerados democracias plenas: pela ordem, Noruega, Islândia, Suécia, Nova Zelândia, Dinamarca, Irlanda, Suíça, Finlândia, Austrália, Luxemburgo, Holanda, Alemanha, Áustria, Malta, Reino Unido, Espanha, Ilhas Maurício e Uruguai.

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